quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Futuro Primitivo - John Zerzan

* matéria copiada do blog Sabotagem.
Futuro Primitivo
John Zerzan pode bem ser considerado, com pouca margem para dúvida, o mais polêmico dos filosofos vivos. Em sua perspectiva a queda dos céus da humanidade não teve início com o industrialismo e nem mesmo com a agricultura, mas sim com a aceitação da cultura simbólica, da linguagem, da arte, e o número.

A cultura, ao invés de ser vista como nossa maior emancipadora, é uma mediação a qual nos distância de uma aceitação sensual da realidade, de até aonde chega nossa capacidade de compreendermos a nós mesmos dentro do momento.

A linguagem é comunicação tornando-se presa ao assunto, arte é um preenchimento de uma realidade infinitamente mais rica, número é a prática de uma semelhança ilusória que consome nosso mundo de interesse.

Em seu livro de ensaios reunidos, Elementos de Rejeição e Futuro Primitivo (Elements of Refusal and Future Primitive), mapeia uma crítica primitivista que ele tem buscado no meio social anarquista nas últimas duas décadas.

Sua fama recente, tendo início com um artigo publicado no New York Times, e prolongada com entrevistas de rádio e televisão, focou-se imensamente em seu status de ser um dos poucos críticos da tecnologia que não acusou o Unabomber desde o início.

Com o advento de um mundo baseado na biotecnologia e na engenharia genética, pode-se colocar Zerzan na tradição dos sábios Taoístas, de Diógenes, e Rousseau como o último dos grandes expoentes do homem selvagem não limitado pelas regras dominantes – ou talvez ele seja o primeiro em uma nova tradição da qual o impacto ainda há que ser visto.

Baixe aqui o livro: Elementos de Rejeição e Futuro Primitivo (Elements of Refusal and Future Primitive)

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